terça-feira, 30 de setembro de 2008

O fim de Alckmin (?)

por Vilauba Herrera

Kassab, que chamou um eleitor de vagabundo, subiu nas pesquisas e está bem perto de Marta, que não deve estar relaxada, muito menos gozando de sossego. Segundo o datafolha, cerca de oito pontos separam a perua petista do demo. Nessa briga pela terra da garoa prometida, sobrou para o Geraldo "sem opinião própria, sem carisma, sem cabelo, sem apoio" Alckmin, que começa a naufragar politicamente. Ah, se São Paulo fosse Pinda...

segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Lotação esgotada

por Vilauba Herrera

O projeto "Lotação esgotada", do ministério do Esporte, levará 140 mil alunos de escolas públicas e particulares aos jogos do Campeonato Mundial de Futsal, que começa amanhã, no Rio e em Brasília (80 mil na capital federal e 60 mil na cidade maravilhosa). Segundo a Ascom (assessoria do ministério), "elas receberão camisa, brindes e kits lanches."

Porque não 140 mil crianças e jovens em Museus, bibliotecas, Centros culturais....? Nestes lugares, as crianças não ficariam apenas assistindo professores de matemática, português, assim como os dribles de Falcão e companhia. Elas iriam tentar, experimentar, errar, aprender, conhecer, descobrir.... e seriam 140 mil crianças.

Sistema escroto

por Vilauba Herrera

O capitalismo, o neoliberalismo, em parceria com essa tal de globalização de mercados é de uma calhordice monstro. Como é que um monte de bancos e empresas imobiliárias dos EUA quebram e é a bolsa brasileira que mais cai no mundo???
Daí, nas televisões e rádios encontramos um monte de economistas da FGV, todos com ações na bovespa, arrotando teorias sobre o equlibrio econômico brasileiro e a falta de esperança do empresariado gringo com o pacote rejeitado pelo congresso yanke.
Falta de esperança é o car...., risco país é o caramba, nunca vi um economista que explicasse direito como tudo isso funciona. Não explicam porque é um absurdo. Bolsa de valores é um absurdo. Uma dúzia de multimilionários fica especulando e trocando ações sem produzir um palito de fósforo, sem criar meio emprego e enriquecendo cada vez mais e quando um deles quebra, economias de países mais pobres entram em colapso, outros pedem moratória e o escambau.

E quando uma empresa brasileira fica em alta em Dow Jones, temos que engolir a imprensa canarinho levantando a bola dos geniais empresários.

Festejamos o sucesso de empresas, grupos, pessoas, enquanto a população continua massa....de manobra.

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Caderno do Saramago

por Vilauba Herrera

Não é novidade, mas só consegui ler ontem, o surpreendente caderno do Saramago. O blog do escritor português me fez acreditar ainda mais nas possibilidades da língua, da palavra. Porque, apesar do peso do nome e da escrita de Saramago, em seu blog estão textos simples, cotidianos, próximos. Quando li Prova de Algodão e Aznar, o Oráculo, me senti colega de José. Ver o quanto ele despreza Bush e suas companhias é instigante, encorajador e seguro, pois sem imposições, o velhinho nos mostra em que pedras podemos pisar.

terça-feira, 23 de setembro de 2008

Voto nulo não me anula

por Vilauba Herrera

O voto nulo é uma manifestação de indignação e insatisfação com a situação política de uma cidade, de um estado, de um país. Ser tratado como "despreocupado", "alienado" e até "irresponsável", por não escolher algum dos candidatos é absurdo. A política não é feita somente dentro de partidos. Ainda bem, pois se fosse, a esperança estaria ainda mais abalada. Política é feita em palanque, em calçada, em papo de bar, em reunião de escritório, em banco de praça, até em chat da net. Pra mim, política, nos últimos tempos, tem sido melhorar as relações a minha volta, coisa de 2 a 3 metros de distância, coisa pequena, mas que dá um trabalho. Sabe como é, fazer articulações, ceder, impor, pedir, receber, equilibrar, não é só coisa de dirigente partidário.
Para os que dizem que se não voto, não tenho direito a cobrar, que passem a pagar os meus impostos, daí me calo.

Mas não sou tão difícil. Basta que um candidato prometa ( e cumpra) que vai regulamentar os lucros dos patrões. Sim, distribuição maior ( bem maior) de lucros para os funcionários. Basta que ele prometa (e cumpra) acabar com a imunidade partidária, por que CPI é brincadeira, né. Alguém ainda acredita? Basta que ele prometa (e cumpra) investimento brutal em educação, fim do analfabetismo e melhoria na qualidade dos professores e ensino, consequentemente. Pronto.
Só isso.

E não me venham com realismos de cartilha. Esses já estão mais gastos que a idéia de jardim do éden.

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Glenda vence o grandioso prêmio

por Vilauba Herrera

Sim, Glenda Kozlowski levantou uma das taças do prêmio Comunique-se-2008. Ela bateu o colega Tino Marcos e o mais que experiente Juca Kfouri.
Mas além de comunicar a grande conquista da global, também coloco aqui os novos mestres do jornalismo brasileiro, congratulados nesta edição do independente site (patrocinado pelas grandes empresas Fiat, Vale, Nextel, Light, TAM e algumas mais).
Este ano, a colunista social Mônica Bergamo, o locutor esportivo Cléber Machado, Arnaldo Jabor, referência na apuração de pautas e texto sublime, o (realmente) experiente Reali Jr., Lorena Calabria, Zileide Silva e Cora Ronai.
Não tiro méritos de alguns, o incrível é que todos pertencem a grandes empresas de comunicação deste grande país.
Alguém ai está interessado em saber quanto ganha o grande número de funcionários que colocam a informação na boca dessas grandes figuras?
Alguém sabe quanto ganha um câmera da Globo, um cabo-man, um motorista, um produtor, um repórter, um pauteiro...?
não, isso é um pequeno detalhe.

terça-feira, 16 de setembro de 2008

O jornalismo agradece

por Vilauba Herrera

Encontrei uma vez Glenda Kozlowski. Estava trabalhando, cobrindo o treino de um clube da Capital Paulista. A moça cheia de sorrisos causou frisson entre algumas pessoas, principalmente os funcionários do clube. Alguns olhos de repórteres a seguiram um pouco mais.
Com ela estavam alguns empregados da Globo e um dirigente da equipe. Eles mostravam a estrutura do local, os campos verdes e sem buracos aparentes, o centro de tratamento de lesões, a piscina, os jogadores. Por pouco não lhe apresentaram a bola.
Na hora da coletiva, Glenda posicionou-se ao lado dos parceiros, riu das piadas feitas por colegas de profissão, mas na hora de entrevistar um atleta, quem fez foi outro global. Ficou quieta na hora das respostas, prestou atenção como uma aluna cdf. Por fim, cumprimentou os jogadores escolhidos para falar, não sei se deu autógrafo. Foi embora no carro prateado, sentido zona sul.

Não tenho nada contra Glenda Kozlowski. Mas a tetracampeã mundial de bodyboard não pode ser indicada a um prêmio (Comunique-se) de jornalismo, apenas porque "esbanja simpatia durante a apresentação diária do programa Globo Esporte." Tudo bem, ela cobriu Copas, Olimpíadas, coisa e tal. O que ela fez nesses lugares? Alguém lembra de uma matéria realmente interessante de Glenda nos Jogos de Pequim, ali em agosto último.
Eu lembro da Glenda, como lembro de outros repórteres da Globo perguntando para os atletas "como eles estavam se sentindo depois de conseguir essa sonhada medalha?"

A premiação ocorre esta noite. Os concorrentes são: o colega Tino Marcos, o simpático apresentador do Esporte Espetacular e Juca Kfouri, atualmente colunista, blogueiro e comentarista.

O jornalismo agradece.

sábado, 6 de setembro de 2008

Bandeira Branca

por Vilauba Herrera

Recuperei o violão dos tempos de aulas com Luís, o "Branca". Daquela época, sobrou bandeira branca, que toco em novo arranjo. Na última vez que me apresentei para um público maior do que duas pessoas, causei comoção: os amigos completamente bêbados caíram na risada, já nos primeiros acordes. E caíram no chão mesmo, quando comecei a cantar e uma gordinha, amiga de não sei quem, que estava na casa do Nelson, na aprazível Itanhanhem (?), achou que eu a estivesse homenageando com "baleia branca". A guria saiu irada da sala, para delírio da multidão. E eu só fui perceber no camarim, após o espetáculo. Não me recordo a data deste show. mas agora, com o Di Giorgio nº 15 ali, encostado na sala, imagino voltar a tocar. talvez chamar um pessoal, fazer uma banda. Alguma coisa assim.

terça-feira, 2 de setembro de 2008

Seu João e a famigerada Justiça (das neves)

por Vilauba Herrera


"Ele é um monstro, tem duas filhas, mas não quero que passe pela mesma situação que eu. Só quero que a justiça seja feita.'' - João Florentino Gomide, setembro de 2000.

Amanhã, quando abrir os jornais, seu João terá mais um dia de frustração em sua vida, que já dura quase 70 anos. Mas se ele possui um computador, a frustração chegou hoje mesmo.
Isso porque neste dia 2 de setembro, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) diminui a pena do jornalista Antônio Marcos Pimenta Neves, que matou a ex-namorada e filha de João, Sandra Gomide, de 18 para 15 anos. Além disso, o STJ manteve recurso que mantém Pimenta Neves passar todo o processo em liberdade, até em eventuais recursos judiciais.

A decisão do STJ ocorreu durante recurso especial pedido por Pimenta Neves, que na época era diretor de redação do ESTADÃO, para anular o julgamento que o condenou a 19 anos, em 2006.

Ainda não vi coisa alguma na TV sobre o caso. Duvido que os Datenas da vida irão levantar a voz em defesa do seu João e sua família. Vamos aguardar o que os periódicos de amanhã.

A Justiça que seu João pediu e não conseguiu é representada por estes nomes:

Ministra Maria Thereza de Assis Moura: votou pela manutenção do julgamento, porém, pediu a diminuição da pena, levando em conta a "confissão espontânea" de Pimenta Neves. A ministra considerou exagerada um dos argumentos usados na pena original, de que o assassinato de Sandra causou um grande trauma à sua família.

Desembargadora Jane Silva: votou pela redução da pena para 14 anos
Ministro Nilson Naves: também votou pela redução para 14 anos
Ministros Paulo Galocci e Og Fernandes: "Mais justos", pela redução para 16 anos