A mão do cabelereiro tremia. Alguns minutos e cabelos no chão ele voltou a comentar comigo sobre sua boa relação com a mãe de seu filho mais novo, como havia feito com o cliente anterior. A risada era doída, desconfortável, após cada frase sobre o assunto. Sorri, disse que o que importava mesmo era o carinho pela mulher que deu a ele seu maior presente. E vice versa. - É verdade, é verdade. O menino havia trocado de escola 3 vezes, mas se encontrou em uma do ramo religioso. Nem recuperação pegou. Não disse a ele que eu fui o rei da recuperação. Mas contei do encanto pelo bairro preferido dele em SP. Se pudesse, voltava, mas o orçamento não permite. 500 mil num apto pequeno de 2 quartos? Deve ser muito mais. O corte custava 50. Não tinha o dinheiro, ele fez por menos.