O
segundo dia em Jaisalmer teria começado cedo se o computador não
tivesse travado no meio do caminho. Sai tarde do quarto, depois da
hora do almoço. Hassam já tinha batido na porta mais cedo e também
um recado na recepção, para encontrá-lo no Lhassi Shop. Mas ele já
tinha saído de lá quando cheguei. Dr Bhang avisou. “Seu amigo
está com três amigas e estavam te esperando”. Concatenei, Louise
e Justine, melhor de saúde, haviam chegado.
Fui caminhar pela cidade
fora do forte. Dei a volta no forte e entrei pelas ruas e mais ruelas de gente, pequenos comércios,
bagunça, “Hello”, “Wich your country?”, motos, bicicletas e
bichos. Na India adotei a mania de brincar também com o gado, além
dos cães. Alguns partem para chifrada. Porcos e macacos ainda não
tive a manha.
No
meio da tarde, enquanto desço uma rua em direção à rodoviária
encontro o quarteto, subindo. Eles estavam indo atrás do restaurante
indicado por alguém. Mas quando chegamos, estava já fechado.
No
caminho para outro lugar, Poly se despediu. Disse que não se sentia
bem e voltou pro hotel. Antes de ir embora de Jaisalmer, soube que
ainda estava de cama, com febre.
Encontramos
um restaurante aberto na frente do forte, onde partes do muro de
contenção haviam ruído e uma obra era realizada. No terraço, Dal
Tadka foi o pedido, com muitos chapatis. O Dal é uma comida
originária do norte da India. Um ensopado com curry, paneer, que é
um tipo de queijo, vários temperos, lentilha, chilly, tomate e mais
um monte de coisa.
Louise
e Hassam estavam na onda do Bhang Lhassi, Justine, ainda
convalescente, e eu, mantinhamos o ritmo das risadas só de olhar
para eles. Para arrematar, a larica descemos até o Saffron Milk do
dia anterior, que Hassam fez questão de apresentar para as duas.
Na
subida para o forte, o sol começou a descer e resolvemos ir para o
terraço do nosso hotel. Foi chegar e cada um se acomodou num canto
entre as almofadas. Ainda fotografei o sol no deserto junto com o
filho do mister Pappoo (não Pappi como escrevi no post anterior).
A
noite chegou e o frio junto. Mister Papoo, que já havia me oferecido
uma garrafa de rum no dia anterior, de maneira discreta, já estava
mais solto e juntou-se a nós para papear. Aproveitou e dominou a
conversa.
Contou
sobre seu poder na região, suas terras no deserto, suas amizades e
influências... Também nos convocou para um passeio de motocas pelos
vilarejos vazios ao redor de Jaisalmer. Pelas tantas, fui embora.
Um comentário:
Estou gostando demais de suas aventuras. E das fotos. Lindas!
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