quarta-feira, 6 de agosto de 2008

Pra que trombar?

por Vilauba Herrera

Pare, não pise na faixa amarela, não corra, não pare na porta, deixe o lado esquerdo livre na escada...
Avisos que nos perseguem nas andanças pela paulicéia.


Mas como se fosse birra, todo aviso que começa com a palavra NÃO, não é respeitado. Vai, um pouco, bem pouco respeitado. Isso é clichê, eu sei. Vamos mudar de assunto. Direto ao ponto.
Minha dúvida e irritação é saber porque as pessoas não desviam (de mim) na rua? Porque? Porque? (tom de desabafo)


Por que eu tenho que fazer todo o movimento de corpo para que as pessoas não esbarrem. Até com mochila, duas malas e uma gaiola, sou eu que preciso dar espaço para um moleque folgado de alguma faculdade presbiteriana de higienópolis passar. Ou uma mulher com o nariz empinado, que joga bituca de cigarro na rua e acha que todos os homens têm que ser cavalheiros com ela. Até mesmo aquelas quarentonas com roupa de pré-adolescentes que desembarcam do metrô com cara de brava, por terem despertado a libido do pessoal do vagão, e saem batendo o pé pelas alamedas.


O Estado deveria fazer uma campanha do tipo: "Seja consciente, mexa um pouco o ombro para o próximo".
Isso seria absloutamente rídiculo, eu sei. Primeiro, por que o povo tem que aprender a viver menos por campanhas (assunto para outro texto). Segundo, por que quando a palavra NÃO no aviso iria transformar as calçadas em algo parecido com um rinque de carros bate-bate.


Por enquanto, a rua é de passagem.

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