sexta-feira, 24 de julho de 2009

Medicinas tradicionais

9h, frio e chuva em São Paulo.

Na China, os médicos tratam pacientes com a gripe suína com práticas da medicina tradicional. Ao invés de tamiflu, os chinas vão com ervas para espantar o vírus.
Por aqui, seu Lira vai com rapé. "Eu tinha uma sinusite forte. Daí um dia dei umas gafungadas no rapé. Vixi, foi tiro e queda. Bom demais", conta o taxista. "Agora é só no rapé. Hoje mesmo, acordei com uma dor de cabeça. Dei uma cafungada, outra. To bem agora."
E os espirros, seu Lira.
"Dos bons, viu? Uns três ou quatro, mas dos bons."
A medicina tradicioanl do seu Lira não para por ai.
"Sabe o que eu uso para dor de garganta? Pimenta. Descobri isso em 1976, quando tava no nordeste. Tava fazendo comida. Fiz um molho de pimenta dos fortes. tava com dor de garganta, experimentei o molho. Na hora já fez uma diferença. Desde lá é só pimenta. É tiro e queda."
Para o mal estar antes da gripe atacar, seu Lira vai de Halls preto. "Unos dois drops inteiros por dia. E chá de limão."


Valeu, seu Lira, boa tarde, bom trabalho.

quinta-feira, 16 de julho de 2009

Boi colombiano de piranha norte americana

Imagine que você seja um fora da lei brasileiro. Então, você comete atos criminosos no Brasil. É preso e será julgado nos...ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA.
Isso é o que aconteceu com Gerardo Antonio Aguilar. Militante das Farc, ele era uma peça chave do grupo. Era carcereiro. Vigiava a política Ingrid Betancourt e três norte-americanos nos acampamentos das Farc, na selva amazônica colombiana.
Bush saiu, Obama entrou no governo, mas o colonialismo continua, e Álvaro Uribe, o capataz...presidente da Colômbia mantém a política de ser submisso aos yankes.
O poderoso carcereiro, que também é acusado de ser um dos reis do tráfico de drogas, servirá de exemplo aos outros fora da lei colombianos.
"É uma pessoa bastante nervosa, inquieta por seu futuro nos EUA e realmente isto deve servir de exemplo para os outros terroristas das Farc que seu futuro será ou em uma prisão ou acabar sendo morto pela polícia", disse o general Luís Ramírez, diretor da Polícia Judicial da Colômbia.

quarta-feira, 8 de julho de 2009

O jornalismo ainda "pode acontecer"?




"Pode acontecer". Com essa frase via sms o jornal Lance estampou em sua capa a situação entre Muricy Ramalho e o Palmeiras. Nada mais íntimo, nada mais pobre.

O episódio resume bem o que vem acontecendo com o jornalismo através dos tempos. A falsa e mesmo assim perigosa intimidade entre os jornalistas e a notícia. Acho que não é preciso explicar o porque do perigo (para a imprensa), ou ninguém acha estranho o repórter em Brasília sair para tomar whiskie com um senador, um deputado...

A falsidade está do lado da notícia. Se esconder da mídia é um direito do ex-técnico do São Paulo e de qualquer um. Mas esmolar um "pode acontecer" é total desrespeito com aqueles que fazem o jornalismo, que tem o compromisso com seus leitores e com a ética e a importância da imprensa. É olhar para a mídia de cima, achando-se superior. A responsabilidade não é só da fonte ou da própria notícia, mas também da imprensa, mais precisamente dos Barões da comunicação, que renovaram (e desequilibraram) as redações, trocando dois de 40 por um de 20 e poucos. Piora ainda quando a sub-chefia (editores, pauteiros...) também são jovens, com pouca experiência para perceber, ou, na maioria das vezes, brigar pelos seus colegas e por melhores condições para a produção jornalística. São meros cumpridores de pautas, sem incentivo para buscar novas informações e olhar nos olhos da notícia, sem abaixar a cabeça.

Enquanto isso, vamos nos contentando com entrevistas via Twitter, sms, msn....cada vez mais intímos e ao mesmo tempo distantes da verdade jornalística.
desenho tirado do blog coffeeencigarettes

domingo, 5 de julho de 2009

Pelo Telefone

Não é novidade que há 92 anos Donga cantou Pelo Telefone, consagrado como o primeiro samba gravado na história.

Ai está uma gravação de 1966, onde o velhinho, ainda cheio de molejo, canta com o jovem Chico. Reparem no senhor que está ali atrás, no meio da jam session brasileiríssima.


quinta-feira, 2 de julho de 2009

Enquanto isso em Tegucigalpa...

Como de costume, a grande mídia não dá a mínima bola para o golpe de Estado realizado em Honduras. Cumpre-se parte da cartilha, com os lidões explicando quem saiu e quem roubou o poder (não com esses termos, claro). Mas ninguém com um pouco mais de curiosidade consegue saber os reais motivos e quem está por trás disso.
Para ajudar os chefões da imprensa, a morte de Michael Jackson. O álibi perfeito. Não há espaço para Honduras.
Para quem quiser saber algo mais sobre mais um golpe executado por militares, os capangas da elite conservadora que SEMPRE está no domínio da situação, aí vai um caminho.
Ah, também existe esse aqui para quem quiser saber a realidade nos arredores de Tegucigalpa.