segunda-feira, 14 de julho de 2008

Concorrência desleal

por Vilauba Herrera

O fantasma reacionário voltou e com força total. Nada mais perverso do que a mídia para financiar a alienação, a ignorância e a violência.
Desde a morte do velho Azul Marinho, em 2003, a Globo, chefiada pelos filhos do hômi, iniciaram um lenta e gradual abertura de idéias, diversificação de programas e investimento em produções culturais e não tanto comerciais e de baixo nível. Não, a Globo não virou uma TV educativa e está há "milanos" disso. Não esqueci das novelas, do Faustão, do Bonner, da Fátima, do Galvão...etc. Repito, uma lenta e gradual abertura, assim como eles defenderam há 29 anos atrás.
Cito alguns artigos sobre a legalização das drogas no jornal O Globo, entrevistas pertinentes na revista Época ( com a ex-juíza Maria Lúcia Karam e com o escritor Misha Glenny ) e produções como Hoje é dia de Maria e afins.
Porém, cinco anos depois, "tudo" vem abaixo. Com o crescimento da Record, que chupou as idéias globais da década de 80 e 90, refazendo novelas toscas, jornalismo sensacionalista e programas de auditório bizarros (piores que os do Silvio), a emissora carioca mudou novamente sua postura.
Ao invés de usar seu poder para elevar o nível do diálogo com o público (santa ingenuidade, Batman!!), a Globo volta a apelar para absurdos no intuito de fazer a população pobre mudar de canal ( 5, 5, aperta o 5).
Palhaçadas como a briga por audiência no caso Isabella+Janela. As milhares de entrevistas exclusivas como promotores e advogados, que especulavam situações muito antes das investigações acontecerem. os jornais instigando a população a sair de suas casas para ficar parada na frente da delegacia, xingando os acusados e aparecendo nas câmeras.
A nova bizarrice global foi o reality show de um moleque idiota inglês, apresentado pelo Fantástico. No Venenodubem, o comentário sobre o programa, sim, está fantástico.

Lembrando que emissoras de rádio e TV são concessões públicas!!!! Ninguém precisa assistir qualquer porcaria ou simplesmente desligar a televisão. Criticar e buscar melhorias na programação não é censura. Isso é papo de "dono"de emissora e publicitário.
O compromisso das emissoras é cada vez mais descarado pelo lucro e não pela informação bem transmitida.

Um comentário:

[de lima] disse...

chamar isso de palhaçada seria uma ofensa aos palhaços.

são criminosos.