terça-feira, 7 de abril de 2009

Realiti Chow


Acabou agora a nona edição do programa mais rentável e versátil que TV Globo já conseguiu fazer (esse ela comprou mesmo, assumiu). O programa que acumula em dois ou três meses, os maiores anunciantes da Televisão Brasileira, imprimindo suas imagens em um grupo de 15, 16 pessoas que ganham migalhas para expor suas caras para milhões de consumidores. “Reality show” é Lucro absoluto.


Na verdade era assim. Não é mais. Aos poucos, a Globo percebeu que, além de ganhar rios de dinheiro exibindo figuras que não poderiam lhe oferecer nada após uma derrota no paredão, ou até mesmo, depois da grande final, poderia fazer alguns testes comerciais: testar estilos, roupas, cabelos, caras e bocas...e quem sabe, um novo e mais barato talento.
A empresa informou a quem deveria informar, que a escolha não era mais feita através de sorteio ou vídeos enviados (por milhões de pessoas). Ela passou a aceitar sugestões, indicações, palpites. Mas nos releases espalhados, os vídeos ainda estavam valendo. Funil barato.
Logo a turma percebeu e os jogadores passaram a montar seus currículos e fazer contatos para conseguir uma entrevista no emprego.

Assim desapareceram Bam Bans, aeromoças malucas, mas feias, um estrangeiro riponga ilegal, os médicos fascistas, a empregada sem sal, os caipiras piadistas com seus sotaques...
Surgiram Grazis, Alemães, mulheres recém siliconadas e Maxis. Sim, estes maximizaram-se no programa global. Pessoas que, baseadas em anos de novelas da emissora (nosso orgulho de exportação) e em algumas temporadas de BBBs, moldaram-se em personagens para conseguir, rapidamente, um lugar ao sol no escrete de celebridades plim plim.


Negócios, não é? Assim é a vida. Mas e o reality Show? Xiiiiiiiiiiiiiiiiu...

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