É canalha a enxurrada de demissões que os patrões promovem desde o final do ano passado.
A desculpa é a crise mundial, que assola o mundo. Crise, já provada, causada pelo setor privado e sua sede por mais e mais, sempre querendo ceder menos e menos.
E a canalhice é tamanha, pois as alegações são vazias. Culpar a crise é simples. Pois, os patrões sabem que a massa de empregados, desesperada, não irá contra argumentar e pedir mais detalhes sobre sua saída forçada da empresa.
Qual é o real motivo? Demitir dois, três, 15, 20, mil funcionários vai mudar o que dentro da firma. Irá mantê-la no marcado? Ou a demissão é feita para que o patrão consiga manter seus lucros?
Nos últimos anos, a economia mundial esteve em alta, uma grande e farta maré. Uma série de empresas divulgaram lucros fenomenais. Bancos, Metalúrgicas, empresas de comunicação ganharam dinheiro à rodo. O que foi feito com essa grana? Para onde foi? Porque esse capital não é gasto agora, em época de vacas magras, para segurar as pessoas que ajudaram no tempo de sucesso?
Piores são os patrões que não demitem. Mas usam a “crise” para aterrorizar os seus empregados. “Olha, eu não vou demitir ninguém, mas vocês terão que trabalhar mais. Sabe como é? A crise está ai.”, afirma o patronato bonzinho. “Mais e sem acréscimo de salário, prêmio ou coisa que o valha.”
E assistindo a tudo, de longe, só observando, estão os sindicatos. Cada vez mais domesticado, cada vez mais “responsável”, o órgão que deveria brigar pelos empregados contenta-se com migalhas privadas e estatais e transforma-se em pequena instituição, fechada, mas sempre na luta por mais adeptos e suas mensalidades em nome da luta por melhores condições.
Nenhum comentário:
Postar um comentário