por Vilauba Herrera
Uma porta é aberta. Os bois começam a entrar, enfileirados no galpão frio e de cores claras. O cheiro de sangue os assusta, mas pouco podem fazer, já que o corredor é estreito, muito estreito. São dezenas, centenas de animais, caminhando lentamente, um a um. O primeiro da fila é parado. No alto, uma pistola de ar comprimido, manuseada por computador, começa a descer. Posicionada acima da cabeça do bovino. O tiro é certeiro, entre os chifres.
O animal apaga, mas não consegue sequer cair no chão. Segundos depois, um funcionário, também certeiro, acerta uma faca em formato de foice, no pescoço do boi, degolando-o. O sangue espirra e logo mais um animal em coma está a sua frente, pronto para mais um golpe. O corpo da vitima é içado e rapidamente, suas quatro patas são arrancadas (é a parte mais suja do boi).
O boi é colocado em um varal e com a barriga exposta, é alvo de uma facada, que lhe tira todos órgãos. Outras serão dadas nas pernas, somente para cortar o couro. A cabeça é tirada. Grampos são presos à carcaça. os grampos estão presos á correntes que começam a girar, arrancando (somente) o couro do bovino. Pronto, está limpo. O varal segue o caminho para o próximo passo. Imensas facas despedaçam o que sobrou. Picanhas maturadas, maminhas, filés, coxões moles, duros, lagartos e alcatras já estão embaladas à vácuo.
Tempo do trajeto, três minutos.
Um comentário:
Caralho, velho!
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