terça-feira, 27 de maio de 2008

Sonho bobo

por Vilauba Herrera

Quando bato a última tecla, meu corpo dói
A boca seca e escuto a bronca, calado
Ah, como eu queria ser um super-herói
Daquele que não marca toca, arrojado

Queria transformar batuque em poesia
Não essa coisa assim, meio chinfrim
Esse texto cheio de erros e heresia
Sem rima, sem rumo, com resto e com fim

Ana, Bebel, Bárbara, Isabela e Carolina
Todas elas em uma oração ao tempo
Todas belas em minha solidão ao vento

Gilberto, Chico, Tom, João, Caetano, Nara e Zés
Mas não sou anjo e esqueceram das minhas asas
E me contento e tento andar só com pés

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