quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Umas voltas por Dusseldorf



Quando sai para dar uma volta em Dusseldorf, fiquei pensando que poderia me envolver em alguma boa roubada. Uma turma de malucos do leste me chamar para uma rave, ou uma turma alemã me convidar para um reggae, ou no hostel, um grupo de misturadas nações armar uma bagunça e eu estar no meio dela. Era isso que queria enquanto escutava música brasileiro no fone de ouvido e caminhava pela cidade, observando os prédios antigos misturados com os modernos, todos com seus desenhos simples e limpos, sobriamente alemão. 

Cheguei até a Rheinturm, uma torre de transmissão de TV de 168 metros de altura. Na sua base há um relógio digital estranho, que dizem ser o maior do mundo. É possível, entendo o relógio, saber a hora de quase qualquer ponto da cidade. Andei pela beira do rio Reno e fiquei me lembrando das aulas de história. O rio é um dos motores da Alemanha. Ali passam milhões em produtos e materias vendidos e comprados pela maior potência europeia. Vi muitas barcaças lotadas de carvão descendo e subindo o rio. Metralhei o rio e os barcos e a beira e as pessoas de fotos. Andei até o centro antigo de Dusseldorf, onde existe uma roda gigante que à noite se ilumina. Achei bonita a área central, repleta de gente, muitos turistas, pois era um domingo. Os restaurante lotados. A fome apertou e comi um falafel com chá gelado em uma banca com um grande narguilé na porta.

Já de noite, fui me perdendo até chegar ao hostel novamente, as mãos geladas. Enrolei no quarto, comi uma pizza no hall e fui dormir tarde.

No outro dia acordei meio tarde, o que não estava nos planos. Após o café da manhã, não sei porque, dormi de novo. Uma soneca curta, mas que me custou horas de luz do dia para fotografar. Fui para rua e logo cheguei à beira do rio. Dessa vez a atrevessei a ponte Rheinkniebrucke. Cheguei em parque em uma curva do Reno. Um lugar que parece ser usado pela população e também pelo rio, em momentos de cheia. Pessoas passeavam com seus cães. Atrás do parque, uma série de casarões antigos, alguns mais estreitos. Andei no meio daquele bairro, comprei pão e queijo e chocolate em um pequeno mercado, tentando dizer pelo menos oi, obrigado e tchau, em alemão.

Já escurecia e fiz as últimas imagens com a máquina fotográfica e a filmadora. Atravessei de volta pela Oberkasseler Brucke. De longe via a Rheinturm e seu imenso e estrenho relógio. Parei algumas minutos na frente do Tonhalle Dusseldorf, uma casa de espetáculos à beira do Reno, com uma grande abóbada. Pelo centro da cidade antiga, fui caminhando de volta para o hostel. Queria deixar tudo arrumado para acordar na madrugada e partir para o aeroporto. Nada de bagunça, dias sobriamente alemães.